Minha jornada de escrita pública
VIDAESCRITAHISTÓRIAS
M.L.R.G.S
2/28/20252 min read
Eu amo escrever desde que aprendi a segurar um lápis. Era algo simples, libertador, e eu nem me importava com o tempo passando – para mim, estava perfeito. Mas, no sentido mais rigoroso, eu nunca escrevi algo completo até os meus 15 anos. Para mim, estava ótimo; para os outros, nem tanto.
Lembro da primeira vez que mostrei uma das minhas histórias. Eu tinha uns 12 anos e entreguei para minha mãe ler, cheia de expectativas. Era uma história de terror, e eu estava muito animada. Quando ela terminou, disse que tinha gostado, mas que a história não estava completa. Aquilo foi como um choque atravessando meu corpo. Perguntei: “Como assim?”. Então, ela explicou que minha história tinha começo e fim, mas não tinha meio. Ela detalhou que o meio precisava ser mais elaborado e me ensinou sobre a estrutura de um livro.
Mesmo sabendo que ela só queria me ajudar, aquilo quebrou meu coração. Senti como se meu corpo se despedaçasse e caísse no chão. Para mim, aquela história era perfeita. Ouvir que estava incompleta me deixou perplexa. Eu entendia o que minha mãe dizia, mas não aceitava a ideia de mudar algo que eu achava perfeito só para agradar aos outros. Por que os outros precisavam achar que minha história não estava completa? Por que eu deveria escrever para agradar alguém?
Por respeito àquela menina de 12 anos, decidi que nunca publicaria nada do que escrevi antes de me formar. Porém, por respeito aos sonhos do meu eu de 19 anos, que deseja publicar livros, vou treinar minha escrita e construir, aos poucos, os mundos que vivem na minha mente. Mas não esperem que eu escreva para agradar ninguém.
Com o tempo, entendi que criar histórias bem estruturadas, capazes de entreter os leitores, não significa abrir mão da minha visão. Significa traduzir os mundos na minha mente de forma que as pessoas possam enxergar o que eu vejo, conhecer os personagens que crio e mergulhar na minha imaginação. Se vão gostar ou não do que escrevi, é algo que cabe a eles decidir.
Como primeiro projeto para essa nova fase, ainda não sei se começo com um livro. Talvez seja mais prudente criar uma personagem e trabalhar cenários ao redor dela. Apesar da vontade de começar com um livro, vou criar uma personagem primeiro.
Ela será uma mulher (sou especialista nisso, afinal, sou mulher), terá 16 anos (a idade de ouro), 1,65 m de altura, cabelos e olhos castanhos, e 86 kg. Ela vai amar sorvete de café, sorvete de menta com chocolate, e milkshake de tangerina com chocolate. O nome dela precisa ser especial, algo que simbolize sonhos ou liberdade.
O nome dela será: Zafira Morpheus.
Blog
Compartilhando experiências e curiosidades sobre mim.
Curiosidades
se inscreva:
maludiva.contato
(87) 9 9152-7473