Reflexão da palestra de Haroldo Dutra "Descobrindo Quem Sou".

M.L.R.G.S

4/1/20253 min read

orange flower with green leaves
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Há algum tempo — três meses, rs — eu vi uma garota que faz desenhos dos guias das pessoas, o que me deixou muito interessada. Mas minha mãe me proibiu de comprar, porque disse que um médium que vende seus serviços é corrompido e provavelmente um charlatão.
Mas eu sou teimosa e quis insistir. Aí ela mandou eu voltar a estudar o espiritismo e me reconectar com o mundo espiritual antes de querer comprar quadros e fazer leitura de cartas com pessoas que se dizem médiuns, mas cobram pelos seus serviços.

Eu segui as recomendações dela e comecei ouvindo as palestras de Haroldo Dutra. A primeira que ouvi foi "Descobrindo quem sou".
Ele iniciou falando sobre o espírita precisar ser mente aberta e nunca mergulhar no mar do desespero. O mundo é um local ruim por um lado, mas se só nos concentrarmos nisso, nossa esperança acaba morrendo. Precisamos manter ela viva, pois estamos sempre aprendendo e as coisas não são só uma coisa.

As pessoas, por exemplo — essa não é a única vida que teremos. Essa é só mais uma jornada de aprendizado.
Nessa vida, sou Maria Luiza, filha de Luiz Santiago e de Juliane. Faço Engenharia da Programação e vivo entediada.
Em outra vida, posso ter sido Mustafa, um grande comerciante de tecidos. Em outra, Juçara, uma dançarina, ou até mesmo Kioto, uma gueixa. Essas memórias só iremos desbloquear depois da nossa morte.
O que vale é aprender muito nessa nossa realidade e saber que esse é apenas o começo, e não o fim.

Todas as nossas reencarnações fazem parte do amadurecimento da alma. Podemos ser almas velhas ou novas, mas o tempo só passa conforme aprendemos.
Uma vez, uma tia me disse que, conforme a alma é mais nova, mais ela é conectada com a natureza.
Entretanto, nessa mesma palestra, Haroldo Dutra cita que, no Livro dos Espíritos de Allan Kardec, os espíritos afirmam que essa ideia não está certa.
Eu posso ser um espírito que acabou de surgir e nascer como um grande empresário capitalista. E posso ser um espírito de mais de mil anos e ser um índio.
Seus pensamentos, jeitos de lidar e sentir as coisas falam muito mais sobre sua idade espiritual do que a sua vida nessa reencarnação em si.

Um indício de que o espírito é desenvolvido é possuir paixões.
As paixões são sinais de desenvolvimento, de progresso espiritual — são um sinal de atividade e consciência do “eu”.
Uma coisa que achei engraçada é que ser um espírito “perfeito” significa que ele virou um adulto.

Haroldo Dutra começa uma reflexão a partir das respostas dos espíritos sobre as paixões serem um sinal de desenvolvimento, porque temos o costume de tornar as paixões parte da nossa guerra interna do bem contra o mal.
Mas os espíritos dizem que todas as paixões fazem parte do nosso desenvolvimento e que nenhuma deve faltar — nem mesmo o amor-próprio, nem a confiança em si, que muitas vezes podem ser confundidos com egoísmo e arrogância.
É importante alimentarmos isso em nós mesmos, para sermos capazes de ajudar os outros sem sermos machucados no processo.
As paixões só se tornam coisas ruins a partir do momento em que as direcionamos para um lado que machuca ou magoa os outros.

Eu gostei muito dessa palestra, mas não posso só falar sobre ela, pois não ouvi só essa até agora. Quero escrever um post sobre cada uma e sobre todo o meu processo de aprendizado, então vou fazer uma finalização sobre meus pensamentos — sem dar muitos spoilers, rs.

Acredito que sou uma alma jovem. Meus maiores vícios são a gula e a preguiça.
Não acho que encarnei por vontade própria. Tenho paixões, então não devo estar com um desenvolvimento tão atrasado...
Mas já sei que não gosto muito da vida.
Tenho a impressão de que devo ter reencarnado algumas vezes pelos mesmos motivos.
Sinto muito tédio pela vida e temo pelas minhas futuras reencarnações.
Não acho que minha alma goste de viver no mundo carnal.

Obrigada por lerem até aqui!

Desejo a todos um ótimo dia <3

Beijos da Marilu ;3